domingo, 20 de setembro de 2009

7 pontos para cumprir

1 - Albergaria a Velha foi e é ainda ponto de passagem, estando na confluência de grandes eixos rodoviários: cabe-nos potenciar a permanência de empresas, pessoas e serviços.
A atractividade do concelho passa por melhorar a oferta cultural, do pequeno comércio e de serviços e valorizar o seu diversificado património natural e humano.

2 - Os recursos públicos devem ser aplicados de forma a obtermos o maior benefício possível para as populações. Privilegiamos as intervenções de escala local e de pequena dimensão, distribuídas por todo o território concelhio, alicerçadas nas aspirações populares e orientadas para uma visão sustentada do futuro, que efectivamente alterem a qualidade de vida de quem cá mora. Propomos a criação de uma equipa móvel e multidisciplinar que tenha como função facilitar a relação das pessoas com as instituições, promovendo desta forma a participação e o empenho de todos na criação de respostas para os problemas existentes.

3 - A dependência do transporte privado rodoviário que, por ausência de outro tipo de oferta, é imposta como quase única forma de mobilidade é insustentável sob qualquer ponto de vista. Propomos a criação de uma rede de transportes públicos, que sirva todas as povoações do Concelho, com frequências compatíveis com o quotidiano de quem trabalha, estuda ou pretende aceder a serviços públicos, recorrendo para tal a veículos de menor dimensão, custo e impacto ambiental do que os actualmente em funções. Esta rede deverá ser integrada e coordenada com as dos municípios vizinhos, bem como com a linha do Vouga, reforçando a sustentabilidade desta última.
Opomo-nos frontalmente à construção e traçado da nova A32, por consideramos que esta só serve os interesses do grande capital e não responde aos problemas de mobilidade das populações. Em contrapartida, propomos a melhoria das estradas regionais de modo a facilitar a ligação entre as diversas freguesias do nosso Concelho e destas com o resto do distrito.


4 - O património municipal edificado tem potencial para fixar actividades e alargar o espaço de intervenção pública. Propomos que o Cine-Teatro, a Quinta do Torreão, a Fábrica Alba, entre outras edificações, sejam atribuídas a associações cívicas e culturais cujos programas contribuam para dinamizar a vida do Concelho, através de uma oferta cultural diversificada (projecções de cinema, teatro, concertos...). Desta forma não só se estimula a criação e produção culturais, como se formam públicos, contribuindo para a qualificação das populações.

5 - O território não se resume aos aglomerados urbanos – o suporte dos mesmos deve ser local, nas zonas silvícolas, agrícolas e naturais. Entendemos a agricultura como uma actividade relevante para o Concelho, gerando rendimentos, conservando a paisagem, criando uma relação positiva das pessoas com a terra que povoam. Propomos a criação de um Mercado regular de frescos, no qual os produtos de excelência do Concelho e dos seus pequenos produtores obtenham visibilidade, contribuindo assim para o seu escoamento.

6 - A recolha selectiva dos resíduos sólidos urbanos deve ser francamente desenvolvida. Tendo em consideração que os ecopontos do Concelho se têm transformado em autênticas lixeiras, propomos a recolha selectiva porta-a-porta como forma de garantir a universalidade, eficácia e o controlo de todo o processo.

7 - Consideramos a água um bem essencial a que todos temos direito e que se deve ser mantido na esfera pública. Avançaremos com a proposta de gratuitidade da água necessária à sobrevivência e dignidade humanas (50 litros por dia por pessoa, de acordo com recomendação da Organização Mundial de Saúde)
e a proibição da suspensão de abastecimento de água por falta de pagamento, desde que este resulte de comprovada carência económica.

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